"[ . . . ] suspeito que a espécie humana - a única - está por estinguir-se e que a Biblioteca permanecerá: iluminada, solitária, infinita, perfeitamente imóvel, armada de volumes preciosos, inútil, incorruptível, secreta."
A Biblioteca de Babel - Jorge Luis Borges

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Preservação de documentos digitais

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A problemática da preservação digital no contexto da Ciência da Informação, e suas repercussões nas atividades profissionais.


A preservação digital é uma questão muito ampla, que exige desde a escolha do que deve ser conservado, passando por como conservar, para quem conservar e por aí se vai. Muito mais complexo do que “supõe vossa vã filosofia”.
E não é de hoje que a conservação de informações é tema de preocupações e discussões, segundo Cabral (2002):
 
“A preservação de materiais em bibliotecas e arquivos sempre foi um desafio para os profissionais dessas instituições, preocupados de ter de enfrentar os mais variados problemas relativos à deterioração de suas coleções e, identificar as prováveis situações responsáveis pelos danos causados aos acervos informacionais sob sua guarda.

Dentre as variáveis que tem sido objeto de avaliação para evitar e eliminar fatores prejudiciais à conservação e preservação de livros, documentos e outros registros, enumeram-se as questões ambientais, de poluição do ar, de composição dos agentes químicos dos materiais, umidade relativa do ar e luminosidade, entre outras.”

O problema é o mesmo em relação aos suportes tecnológicos:

“O suporte físico da informação, o papel e a superfície metálica magnetizada se desintegram ou podem se tornar irrecuperáveis. Existem, ademais, os efeitos da temperatura, umidade, nível de poluição do ar e das ameaças biológicas; os danos provocados pelo uso indevido e o uso regular, as catástrofes naturais e a obsolescência tecnológica.”. (ARELLANO , 2004).
 
As informações estão dispersas em vários meios, e hoje tudo (diga-se tudo que informa alguma coisa) pode ser considerado documento. Temos os meios para conservá-los, precisamos de técnicas e capacitação para a preservação destes meios.
 
“As informações que hoje são veinculadas e que retratam nossa identidade cultural são produzidas e armazenadas de forma descentralizada e dispersa.
Nossas instituições de guarda da produção intelectual ou artística deixada pelo homem em sua trajetória espacial e cultural como os museus, bibliotecas e arquivos tem em comum a responsabilidade na preservação destes acervos e no processo de recuperação da informação em benefício da pesquisa científica que por sua vez irá reconstruir vestígios de atividades sociais que se foram, para que estas não se percam.
[ . . . ]
Desta forma amplia-se a noção de documento tornando-o mais abrangente e complexo e a multiplicação dos registros tanto quanto a necessidade de estudo de novos suportes em função das transformações tecnológicas bem como da sua guarda e preservação impõem-se como objeto de reflexão.” (TEIXEIRA), 2002.

Referências
ARELLANO, Miguel Angel. Preservação de documentos digitais. Ciência da Informação. V. 33, n. 2, maio/ago. 2004. P. 15-27.
CABRAL, Ana Maria Rezende. Tecnologia digital em bibliotecas e arquivos. Revista Transinformação. v. 14, n. 2, p. 167-177, jul./dez. 2002. Disponível em: http://revistas.puc-campinas.edu.br/transinfo/viewissue.php, acesso em 21 set. 2010.
TEIXEIRA, Wilza Aurora Matos, Ações de conservação e preservação da memória no contexto digital. Revista Transinformação. v. 14, n. 2. jul./dez. 2002. p. 179-181 disponível em: http://revistas.puc-campinas.edu.br/transinfo/viewissue.php, acesso em 21 set. 2010.
Ilustração disponível em: http://www.fotosearch.com.br/, acesso em 23 set. 2010.



terça-feira, 7 de setembro de 2010

Riding the Bullet de Stephen King

“[ . . . ] só em meados dos anos noventa do século passado, se verifica a grande mediatização em torno dos livros electrónicos, se assiste à entrada em cena das grandes empresas, agora já não só do tradicional universo editorial, mas também do mundo das novas tecnologias, e surgem as mais respeitáveis firmas de estudos de mercado a avançar entusiásticas previsões sobre a emergência de um novo e altamente rendoso mercado para os livros digitais. Esse momento pode ser emblematicamente assinalado pela publicação da novela Riding the Bullet de Stephen King em Março de 2000. A partir daí, multiplicam-se os formatos, meios e canais de distribuição de conteúdos electrônicos, procede-se a alterações na legislação sobre o copyright e tornam-se inevitáveis as mudanças na economia da edição.”

Furtado, José Afonso. O Papel e o Pixel. p. 2. Disponível em: WWW.CIBERSCOPIO.NET, acesso em 17 ago 2010.



Imagem disponível em: http://www.amazon.com/, acesso em 07 set 2010.